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Bioasfalto: asfalto verde substitui petróleo por óleo vegetal.

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/10/2010

Ao estudar os efeitos da adição de óleo vegetal ao asfalto comum, um engenheiro norte-americano pode ter descoberto um asfalto verde, um possível substituto para o asfalto à base de petróleo.

O professor Christopher Williams, da Universidade do Estado de Iowa, estava testando composições capazes de aguentar melhor as intensas variações de temperatura a que os asfaltos estão sujeitos, sobretudo no Hemisfério Norte, com nevascas severas onde não nevava há anos, e verões que batem recordes de temperatura ano após ano.

Mas o resultado foi muito melhor do que o esperado - o asfalto não apenas assimila uma parcela maior de bio-óleo do que o esperado, como também sua qualidade aumenta muito, em condições de rodagem e em durabilidade.

Bioasfalto

Nasceu então o bioasfalto, cujos primeiros testes começaram a ser feitos neste mês. Os ganhos começaram a ser verificados já na aplicação, uma vez que o bioasfalto pode ser aplicado a uma temperatura menor do que o asfalto tradicional de petróleo.

Como esses primeiros testes serão focados na durabilidade e na resistência às variações de temperatura, os pesquisadores escolheram uma ciclovia na própria universidade como laboratório.

O monitoramento sobre o bioasfalto será feito durante um ano, para cobrir todas as estações.

O professor Williams afirma que o bioasfalto permite que a mistura à base de petróleo seja substituída parcialmente por óleos derivados da biomassa de diversas plantas e árvores.

Pirólise rápida

O bio-óleo utilizado no bioasfalto é criado por um processo termoquímico chamado pirólise rápida, no qual talos de milho, resíduos de madeira ou outros tipos de biomassa são aquecidos rapidamente em um ambiente sem oxigênio.

O processo produz um óleo vegetal líquido que pode ser usado para a fabricação de combustíveis, produtos químicos e asfalto.

O processo gera ainda um produto sólido chamado biocarvão - um carvão vegetal - que pode ser usado para enriquecer os solos e para remover gases de efeito estufa da atmosfera.

Para diminuir o impacto ambiental desse inimigo em nossas estradas e cidades, estão sendo feitos estudos para substituição da base de petróleo utilizada atualmente na produção do asfalto por óleos derivados de árvores e plantas. Esses óleos vegetais podem ser feitos de açúcar, melaço, amido de batata, arroz ou milho, óleos vegetais, resíduos de cocos, amendoins e canola, resinas de árvores, etc.

Além de necessitar de temperaturas mais baixas para sua produção, o bioasfalto é mais resistente a bruscas variações de temperatura e tem maior vida útil e durabilidade. Como não tem o petróleo como matéria-prima, esse asfalto ecológico pode também ser colorido, esquentando menos sob a radiação do sol e economizando em tintas e manutenção, pois as faixas de pedestre e sinalizações já podem ser feitas juntamente com a pavimentação.

No final da cadeia de produção, o bioasfalto gera como resíduo um carvão vegetal, usado para enriquecimento do solo e também para remover gases nocivos da atmosfera.

O Brasil poderia adotar esse material inovador, aproveitando os refugos vegetais das indústrias ao invés de jogá-los nas bacias hidrográficas ou em aterros sanitários. Assim nosso país daria um grande passo rumo ao verdadeiro progresso, aquele totalmente comprometido com as questões ambientais!

Fonte: Inovação Tecnológica; Site: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bioasfalto-asfalto-verde&#.Wa1i_bKGPIU; Acesso 04/09/2017 às 11h40min.

Fonte: Coletivo Verde; Site: http://www.coletivoverde.com.br/bioasfalto/; Acesso 04/09/2017 às 11h51min.

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