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Prevenção de Desastres naturais - Vento

Nesta semana vimos o poder da natureza e como isto pode ser devastador, três furacões (Katia, Irma e José) ao mesmo tempo na América central, região da costa do oceano atlântico. Hoje e cada vez mais percebemos o aumento dos desastres naturais e de seu poder de destruição.

Como proceder diante destas forças descomunais que atingem nosso planeta? Há como proteger nossos bens e nós mesmos?

Uma das primeiras e principais atitudes a serem tomadas é a evacuação da população do local como visto no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, alertas em todos os meios de comunicação, além de presença dos meios de segurança controlando, organizando e isolando diversas áreas. Estar a salvo é a principal ação, mas e os bens materiais? Seguro é uma coisa cara e que nem todos conseguem fazer, além disso, não são todos os bens que podem ser segurados. Com um pouco de planejamento e engenhosidade veremos que é possível minimizar os efeitos tornando possível a estrutura suportar as intempéries.

A seguir veremos como adequar e proteger da melhor forma as construções

Furação, Ciclone, Tornado, Tufão e Tempestade tropical

Ciclone tropical é um termo geral para esse fenômeno meteorológico, mas dependendo de sua localização geográfica e de sua intensidade, os ciclones tropicais podem ganhar várias outras denominações, tais como furacão, tufão, tempestade tropical, tempestade ciclônica, depressão tropical ou simplesmente ciclone.

Um Ciclone tropical é uma grande perturbação na atmosfera terrestre. É um sistema formado por grandes tempestades e é caracterizada por ser uma região onde a pressão atmosférica é significativamente menor e a temperatura é ligeiramente maior do que suas vizinhanças. É uma área de baixa pressão atmosférica com uma circulação fechada de ventos e diferencia-se dos ciclones extratropicais por ter um núcleo quente e um centro bastante definido em sistemas mais intensos, conhecido como olho. A grande diferença de pressão atmosférica entre o centro do ciclone e suas vizinhanças, conhecida como força de gradiente de pressão, gera intensos ventos que podem ultrapassar 300 km/h em grandes ciclones. Seu giro característico, no sentido anti-horário no hemisfério norte e horário no hemisfério sul, é inicialmente causado pela força de Coriolis e postergada pela energia liberada pela condensação da umidade atmosférica.

Infográfico de Formação Ciclone. Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/furacao-irma-chega-ao-litoral-de-cuba-e-se-aproxima-dos-eua.ghtml

Furacão Irma visto do espaço. Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/furacao-irma-chega-ao-litoral-de-cuba-e-se-aproxima-dos-eua.ghtml

Escala de medição de ciclones

Trovoadas e chuvas torrenciais estão frequentemente associados a ciclones tropicais. Formam-se costumeiramente nas regiões trópicas, aos arredores da Linha do Equador, onde constitui uma parte do sistema de circulação atmosférica ao mover calor da região equatorial para as latitudes mais altas. O fenômeno é movido pela energia térmica liberada quando ar úmido sobe para camadas mais altas da atmosfera e o vapor de água associado se condensa.

Inúmeros ciclones formam-se quando as condições atmosféricas em torno de uma perturbação fraca na atmosfera são favoráveis. Esta é a maneira mais comum para a formação de um sistema, mas existem outros meios menos comuns para a formação de um ciclone tropical: um ciclone extratropical pode estar sobre águas suficientemente quentes e imerso em uma região com alta disponibilidade de calor e umidade, tendo todas as condições para se transformar em uma tormenta.

Muitos acham que no Brasil não há ocorrência deste tipo de fenômeno, mas em 2004, tivemos o caso do furacão Catarina, que atingiu a costa da região sul do Brasil como um ciclone tropical com ventos de até 185 km/h causando muita destruição e transtornos há população local. Além deste, que foi o mais forte já registrado, há inúmeros casos e que podem ser vistos em vídeos e fotos como mencionados abaixos.

Tornado , furacão - Guarantã do norte - Mato grosso - Brasil

O furacão Catarina ocorreu no estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com formação no dia 24 de março de 2004 e Dissipação em 28 de março de 2004, onde o vento mais forte (duração de 1 minuto) chegou a 95 nós (176 km/h, 109 mph). O furacão matou 11 pessoas e deixou 518 feridos causando danos estimados em US$ 470 milhões (Dólares).

Furacão Catarina. Fonte: Por Astronaut photograph ISS008-E-19646 was taken March 7, 2004, with a Kodak DCS760 digital camera equipped with an 50-mm lens, and is provided by the Earth Observations Laboratory, Johnson Space Center. - NASAEsta é uma imagem retocada, o que significa que a versão original foi alterada digitalmente. Modificações: Increased contrast; decreased brightness; adjusted color balance in favor of blues and whites; removed large black splotches in several locations. Modificações feitas por Tomf688., Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=290020

Proteção

Quando se projeta uma estrutura leva-se em conta o poder dos ventos e suas influencias tanto na construção quanto em seu entorno.

“O vento exerce pressões e sucções nos edifícios, de forma variada, contínua, intermitente ou repentina causando efeitos indesejáveis, danos materiais de monta e, às vezes, vítimas fatais.”

Watanabe, 2017

Apesar de não termos tantos dados quanto o necessário, por falta investimento nos estudos, a NBR-6123 - (antiga NB-5) - Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edifícios, rege os parâmetros mínimos para o dimensionamento, onde o princípio básico é de que a força do vento terá que ser menor que o "peso" (por peso tem-se em mente o peso da estrutura mais a força de ancoragem que a fundação exerce) da estrutura para ela continuar no lugar. Uma das técnicas utilizadas é a suavização dos ângulos bem como o alívio da pressão por meio de aberturas ou de pontos chaves já pré dimensionados para se romper e deixar o ar passar, preservando assim restante da estrutura.

Tabela de velocidades básicas dos ventos. Fonte: NBR 6123/1988

As medidas a serem tomadas tanto na concepção do projeto quanto na iminência de um evento catastrófico variam de acordo com a região a disponibilidade de materiais, mão de obra qualificada, tipo e intensidade dos eventos. Entre outros podemos citar a utilização de laje como fechamento de forros, para aumentar o travamento e rigidez da estrutura, com isso, mesmo que o telhado seja levado ainda haverá vedação e proteção. Portas e janelas duplas para aguentar o impacto de objetos lançados pelo vento ou pelo menos a proteção destas aberturas com folhas madeiras ou metais.

Proteção

Dependendo do tipo do telhamento empregado, vale a pena utilizar algum tipo de travamento adicional, como sacos de areia por cima das mesmas, por exemplo.

Durante o processo de concepção do projeto é interessante a elaboração de uma área de refúgio, com espaço para armazenamento de mantimentos, materiais básicos e espaço relativamente confortável para a família, assim como animais de estimação. É imprescindível manter sempre as manutenções em dia, para o caso de ocorrer algo, bem como ter um estoque de alimentos, água e baterias. Se tiver opção, saia e busque abrigo longe da área afetada.

Quando for construir ou reformar sempre procurar um profissional habilitado para tirar as dúvidas e definir as melhores alternativas para o seu caso.

Referências Bibliográficas:

Fonte: Ebah; Site: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfSBAAH/tabelas-calculo-vento; Acesso 11/09/2017 às 17h45min.

Fonte: G1; Site: http://g1.globo.com/mundo/noticia/furacao-irma-chega-ao-litoral-de-cuba-e-se-aproxima-dos-eua.ghtml; Acesso 11/09/2017 às 18h23min.

Fonte: UOL; Site: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2017/09/08/com-engenho-e-solidariedade-cidade-cubana-se-prepara-para-chegada-de-irma.htm; Acesso 11/09/2017 às 17h33min.

Fonte: EBANATW; Site: http://www.ebanataw.com.br/roberto/vento/index.php; Acesso 11/09/2017 às 17h33min.

Fonte: Wikipedia; Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclone_Catarina; Acesso 12/09/2017 às 14h53min.

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